"A visit to the cooperative mines is demanding, shocking and memorable". By Lonely Planet
Ainda nao sei o que dizer desta frase. Ir a estas minas e o comprovar da teimosia humana, do querer a forca ver com os proprios olhos. Ja sabia que eram impressionantes as condicoes em que aquela gente trabalha todos os dias, ja sabia que ia ter de rastejar em zonas estreitas, ja sabia que me ia custar a respirar. Mas mesmo assim fui. Como ja sabia, e vim a comprovar, nao e uma visita agradavel e quando cheguei ao nivel 3 jurei para nunca mais e desejei nunca ter entrado. Seis pasadas de terra para dentro do carrinho chegam para se ficar cansado e quando o suor nos comeca a escorrer pela cara o desconforto aumenta porque nao ha como limpa lo sem o misturarmos com terra e po.
Enfim, mais uma vez, nao nos chega ouvir o que nos contam. Nao aprendi nada de novo dentro daquelas minas, apenas o testemunhei com os meus olhos e com a minha respiracao mais ofegante. Era necessario? Nao sei. Provavelmente quando um de voces estiver em Potosi ha de ir as minas e, provavelmente, ha de pensar que nao valia a pena terem entrado, que podiam ter confiado no que ja vos tinham dito.
Nao o facam se forem claustrofobicos. Eu nao sou nada mesmo mas quando ja estava enfiado muito la para dentro comecei a pensar de demais, o que ali tao confinado e tao dentro da terra nao e a melhor ideia.
Mesmo indo apenas ao nivel 1 vale a pena fazer a visita, ate porque nao e muito caro.
Acho incrivel que ainda trabalhem pessoas naquele mundo, onde nunca e dia nem nunca e noite, mas fazem no por opcao, ao menos nao sao obrigados.
Ver a agua escorrer me castanha pelo corpo durante o duche e saber que aquela e a ultima vez que tenho de limpar aquela sujidade de mineiro e um alivio enorme.
terça-feira, 4 de setembro de 2007
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5 comentários:
Em Santiago (cidade interessante)não perder o Museu de arte pré-colombiana (mesmo ao pé da Praça de Armas). No mesmo sítio têm o City Hotel, Art-déco e decadente mas interessante como testemunho de uma época perdida. Um quarto para dois com sala, frigorífico (vazio), etc, custou 50 dólares. No Chile, se pagarem em US$ com o Visa é mais barato do que se pagarem em Pesos, porque é livre de IVA.
Valparaíso muito bonito, mas cuidado com as máquinas!
J-M Mimoso
Costa, é obrigatório uma pessoa visitar as minas, pois só com esse passeio consegue ver as condições em que lá se trabalha.
Pessoalmente, achei-as um dos Highlights da minha viagem. Aquele ar ofegante; a coca que em vez de nos fazer rejuvenescer apenas serve para nos atordoar cada vez mais; as dinamites a explodir e os carrinhos a ir e vir. Só vivendo a experiência é que dá para a caracterizar.
Ainda hoje, quando vejo os recorrentes acidentes pelas distintas minas deste Mundo fora (China, Russia, etc) me lembro da minha turística visita com saudade e uma enorme admiração por quem lá trabalha na procura de uma vida melhor.
Em Santiago pede à Joana para vos levar à disco alternativa (frequência parecida com LUX), numa cave, cheia de raios laiser e com umas escadas gigantescas que dão para uma mezzanine onde se pode estar mais sossegado.
Por opção, é como quem diz, escravos não serão mas, as alternativas pelas quais optar é que não devem ser muitas, nem boas!
Mas fica a experiência de sentir na pele como a vida pode ser tão dura, até para se saber valorizá-la melhor.
m
Luis, continuo a achar que nao e obrigatorio. Eu nao me arrependo de ter ido, muito pelo contrario, especialmente agora longe daqueles tuneis apertados. Mas nao o voltaria a fazer.
se souberes diz o nome da discoteca sff!abraco
m, pelo que percebi dentro do contexto do pais o trabalho e relativamente bem pago. mas sim, para uma pessoa trabalhar ali e porque as opcoes nao serao as melhores. escravos eram antigamente e assim morreram mais de 8 milhoes de pessoas
Para além disso é preciso não esquecer...há serviços que é preciso serem feitos e alguém tem que os fazer!
a platina, o ouro, a prata, ou o cobre não caem do ceu e, no curso das civilizações, tem-se verificado a tendência de se terem que ir procurar em condições de extracção mais dificeis.
A vossa ECONOMIA não se baseia também no preço destas riquezas?
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