Ver aquele jovem passar vestido de fato de treino azul amarelo de boca juniores voltar do treino, de futebol naturalmente, a medida que atravessa uma das passadeiras enquanto ouvia o seu ipod, fez me saber que tinha chegado ao fim uma das tres melhores refeicoes da minha vida.
Ha queles jantares bons. Os que valem a pena pela qualidade / preco. Ha as tascas e ha os restaurantes fantasticos. E depois de todas estas coisas boas esperam nos ainda, se deus quiser, os que nos transcendem. Foi o caso do restaurante La Cabrera, en la Calle Cabrera, 5099, mais uma vez em Buenos Aires, ARgentina. (viria a comprovar que nao era por acaso que mo tinham recomendado com o melhor negocio da cidade)
Quando o taxi nos deixa na esquina, logo nos apercebemos que a espera nao vai ser curta. Mas e impossivel adivinhar que ela, a espera, vai ser tao boa quanto demorada.
Para nos entreter, e para garantir que nos hao de fazer pagar a conta que afinal nao e assim tao dolorosa, servem nos queijos , enchidos, cava e vinho tinto, ali mesmo , no meio da rua. Gratis, um mero aliciante. Comeca a festa. Aquilo que poderia ser uma seca, torna se um regalo. Um prazer. Tambem uma garantia de que vamos ficar e ajudar a completar a rodagem de pelo menos tres mesas que fazem por noite. Conhecmos os vizinhos, na maioria argentinos.
Ai conheci o Castor (como o animal). Um homem vestido de branco e verde que afinal e o dono daquele imperio, ou daquele futuro imperio. Quando honestamente impressionado com aquela fila de espera lhe pergunto "se o dono estava em casa a contar as notas?", ele me responde que "o dono lhe esta ali a servir lhe champanhe", comeco a sentir os primeiros passos desta fabulosa epopeia gastromica
LA dentro, esperam nos ainda outras entradas, outros vinhos, e depois, outras espantosas carnes e outras (sem exagero) cinquenta tijelinhas de acompanhamentos (de cogumelhos, pure de batata e de maca, pimentos, salada, batatas no forno, courjettes, alhos e outras mil iguarias),
E cada uma era melhor do que a outra.
Depois vieram as sobremesas. Alias, A sobremesa (tambem esta oferecida pelo Castor , oferta esta representada por uma ficha que, tristemente, poderia ter sido antes jogada numa qualquer mesa de jogo de um casino) - um sortido : cheesecake , bolo de chocolate e cafe, queque de doce de leite, coco , gelados e outros ingereientes ducissimos, que , definivamente nos encheriam a todos (e ai nem parecia que logo nas entradas estavamos prontos para fugir sem pagar e meter mo nos na cama a dormir refastelados).
Ha que distinguir ainda o que torna tudo isto distinto. O que o faz transcender. Chama se Carlos e representa o servico em pessoa. Fala nos, calmamente, de cada prato. De como e confeccionado. Fa lo debaixo dos seus velhos oculos e desde as rugas da sua idade. Fa lo com calma e com uma elegancia que nunca encontrei em nenhum dos restaurantes bons e menos bons a que ja fui. Ele era o chefe de sala .Em pessoa. Um mestre do servir. Logo antes de comecarmos nos advertiru: "Aqui, e melhor que nao se encham de pao, e que nos tratamos de vos encher a mesa!"
No fim, de certa forma foi com a minha cara, deu me a provar uma especia de aguardente local, que bebi de golada e , nao satisfeito, impingiume um limoncello. Mas impingiu mo de graca. Por boa vontade. Pel ogosto que eles tem no bom servir. Mesmo a nos, maltrapilhos viajantes.
O fim, por si so, ja era inesquecivelmente unico mas alem disso, veio a conta: 46 pesos argetinos a cada. Cerca de 10 euros e meio por algo que na verdade e ainda mais do que priceless.
A minha segunda refeicao transcendete. A outra foi, nao querento fazer publicidade, o 100 maneiras na baia de cascais. (E quem me conhece sabe como gosto de comer). Mas dessa vez foi o meu pai que pagou. E deve ter doido.
Mas desta vez fui eu . E nao so nao doeu como me soube me a mel entregar cada uma das notas que prefizeram o injusto total.
Venham a Buenos Aires nem que seja para ir ao La Cabrera. Nao acreditem em mim. Provem no com os vossos propios olhos. FEitas as contas, ha de valer e pena este que foi, agora sem duvidas, o melhor restaurante a que ja fui.
sábado, 15 de setembro de 2007
sexta-feira, 14 de setembro de 2007
vocacoes
Ele diz palavroes e insulta os que se lhe atravessam. E taxita ha mais de quarenta anos. Tem sessenta e sete anos e uma filha com um ano e sete meses, tem tambem uma mulher de trinta e dois.
Conhece todas as esquinas da cidade. Cada rua e cada numero. Sabe-o porque, desde que comecou nesta vida, se esforcou por decorar e por entender o nome de todas a ruas e de todas as avenidas por que passava. Sabe todos os cruzamentos. Nao se perde na cidade. Domina-a e fa-lo com mestria. E mesmo verdade que sabe o nome de cada rua. Sabe levar nos a cada cruzamento. Nao e como os modernos, que usam o GPS para se encontrar.
Sabe lo "todo" pela vista e pelo cheiro.
Sempre que faz uma viagem, que acompanha mais um ou um par de estranhos, vai lhes contado historias e estorias, das ruas e das esquinas que se afastam com o avancar dos pesos no taximetro. Na verdade, andar com ele e um tour. Pela historia do mapa e da vida da cidade.
Parte deste homem existe, outra, e puramente fruto da minha imaginacao.
Quantos maus engenheiros, maus gestores, maus politicos, maus advodagos ou maus politicos, se ganharam. Quantos bons taxistas se perderam.
E, (duvido), sera que existe algo melhor do que ser se bom, naquilo que se faz?
Conhece todas as esquinas da cidade. Cada rua e cada numero. Sabe-o porque, desde que comecou nesta vida, se esforcou por decorar e por entender o nome de todas a ruas e de todas as avenidas por que passava. Sabe todos os cruzamentos. Nao se perde na cidade. Domina-a e fa-lo com mestria. E mesmo verdade que sabe o nome de cada rua. Sabe levar nos a cada cruzamento. Nao e como os modernos, que usam o GPS para se encontrar.
Sabe lo "todo" pela vista e pelo cheiro.
Sempre que faz uma viagem, que acompanha mais um ou um par de estranhos, vai lhes contado historias e estorias, das ruas e das esquinas que se afastam com o avancar dos pesos no taximetro. Na verdade, andar com ele e um tour. Pela historia do mapa e da vida da cidade.
Parte deste homem existe, outra, e puramente fruto da minha imaginacao.
Quantos maus engenheiros, maus gestores, maus politicos, maus advodagos ou maus politicos, se ganharam. Quantos bons taxistas se perderam.
E, (duvido), sera que existe algo melhor do que ser se bom, naquilo que se faz?
quinta-feira, 13 de setembro de 2007
Cite Tango
Passei quase toda a minha viagem a ouvir Gotan Project. So parei quando, ao carregar as baterias ao meu Ipod, todas as musicas se apagaram enquanto me traiam mais do que nunca.
De cada vez que o fazia (de cada vez que ouvia cada musica de Gotan Project), lembrava me do inesquecivel concerto no Palacio do Marques de Pombal. em Oeiras, com voces (voces sabem quem sao), e imaginava a cidade de Buenos Aires, Argentina.
Ja nao estou Rumo a Buenos Aires. Estou ca! A menos de vinte metros da mais larga avenida do mundo, a Av. 9 de Julho. Estou num Hostel, ja bebi uns copos, e depois deles senti a necessidade de nao deixar escapar estas primeiras impressoes.(Mas ainda vem ai uma noite que promete nao acabar tao cedo).
Com um bocado de imaginacao, senti o abanar da Bombonera em cada golo e os dias de festa e de celebracao do Caminocito, embora eles estivessem vazios.
Com um bocado mais ainda, senti a Evita Peron e o seu marido, e senti todos os argentinos que, de sempre que e preciso, se juntam na Plaza de Mayo para contestar. Para mostrar que estao la. E que vigiam, e que sentem.
Senti ainda, desta vez mais em realidade do que na imaginacao, a seducao e a sensualidade do Tango. Os angulos de saias apertados, acompanhados de carne e de vinho.
O ritmo. Buenos Aires, Argentina.
De cada vez que o fazia (de cada vez que ouvia cada musica de Gotan Project), lembrava me do inesquecivel concerto no Palacio do Marques de Pombal. em Oeiras, com voces (voces sabem quem sao), e imaginava a cidade de Buenos Aires, Argentina.
Ja nao estou Rumo a Buenos Aires. Estou ca! A menos de vinte metros da mais larga avenida do mundo, a Av. 9 de Julho. Estou num Hostel, ja bebi uns copos, e depois deles senti a necessidade de nao deixar escapar estas primeiras impressoes.(Mas ainda vem ai uma noite que promete nao acabar tao cedo).
Com um bocado de imaginacao, senti o abanar da Bombonera em cada golo e os dias de festa e de celebracao do Caminocito, embora eles estivessem vazios.
Com um bocado mais ainda, senti a Evita Peron e o seu marido, e senti todos os argentinos que, de sempre que e preciso, se juntam na Plaza de Mayo para contestar. Para mostrar que estao la. E que vigiam, e que sentem.
Senti ainda, desta vez mais em realidade do que na imaginacao, a seducao e a sensualidade do Tango. Os angulos de saias apertados, acompanhados de carne e de vinho.
O ritmo. Buenos Aires, Argentina.
quarta-feira, 12 de setembro de 2007
Snapshots de Santiago
Nao me posso apanhar com portugueses. Que da nisto. Vodkas e macas, laranjas, limoes, na verdade, qualquer fruta serve. Descobrir o caminho para casa as nove da manha e descobrir tambem que afinal nao fui o unico. Naquelas noites em que cada um chega a sua hora. Sem pressas. Acordo e ha que arrumar a mala. E a ultima vez que o faco, e vou ter saudades. De pensar: O que levar e onde. Essa estrategia tao matinal quanto apressada. O autocarro ou o aviao por apanhar. Olhar para tras, ja com saudade, e despedir nos com o tempo que nos resta.
O tempo passa a correr. Ja correu o suficiente para que o saiba.
"pasa me la botella" lembro me da musica da noite passada. Garrafas a voar.
E continua a correr. E eu, vou voar, para Buenos Aires dentro de duras, duas, horas.
Aterro e meto me na Bombonera para ver o Boca desfilar.
Saio com inveja desta trupe de Santiago. Inveja de mim proprio em Barcelona.
Com vontade de voltar a Portugal mas sem vontade de sair deste mundo.
De viver. E para isso que ca andamos.
O tempo passa a correr. Ja correu o suficiente para que o saiba.
"pasa me la botella" lembro me da musica da noite passada. Garrafas a voar.
E continua a correr. E eu, vou voar, para Buenos Aires dentro de duras, duas, horas.
Aterro e meto me na Bombonera para ver o Boca desfilar.
Saio com inveja desta trupe de Santiago. Inveja de mim proprio em Barcelona.
Com vontade de voltar a Portugal mas sem vontade de sair deste mundo.
De viver. E para isso que ca andamos.
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
Contrastes
Nos ultimos quatro dias afastamo nos mais do que nunca da linha equatorial, em direccao ao sul. Potosi e Santiago estao separados por varios milhares de quilometros. Ora de Jeep, ora de autocarro, galgamos terreno e chegamos a este outro mundo que e o Chile.
No salar de Uyuni fizemos o tour com um alemao de 26 anos que estuda ha seis meses em Bogoto, na Colombia, e com um Israelita de 23 anos, nascido e criado em Telavive. Com ambos passamos bons momentos e com ambos partilhamos inesqueciveis vistas: do "endless" branco do salar, passando pelo encarnado, azul e verde das lagoas e pelo frio invernal da manha nos geysers, ate ao banho quente e reconfortante nas aguas calientes, vimos de tudo um pouco. Partilhamos tambem noites de cartas e certamente irei importar para Portugal o "Yaniv", jogo que o Amit pacientemente nos ensinou.
Mais uma vez nos vemos deparados com vidas diferentes. Amit, o israelita de 23 anos, ri se das mesmas piadas que nos, concorda com as mesmas ideias, e ao passear pelo seu leitor de mp3 constatei que tambem ouve da mesma musica. Apesar das semelhancas, uma realidade inevitavel separa nos: ele passou os ultimos quatro anos no exercito e combateu durante um ano e meio na guerra contra o Libano, onde comandou mais de cem homens. Nao gosta de violencia e muito menos de guerra. Nao teve na sua vida sofrimento maior do que aquele em que a vida lhe levou um dos cem homens. Viaja, para desanuviar a mente, durante seis meses, e tem planos para o futuro: vai estudar gestao e ja chega de armas. Quanto à guerra, foi a vida. De cada vez que se diz "e a vida" a realidade empurra quem o diz para escolhas com pouca escolha. E é assim. É a vida.
Em Sao Pedro de Atacama tive ainda tempo para ajustar contas com o destino. Pude fazer sandboard e vingar me de Huacachina. Foi divertido, mas nao se compara a snowboard. E cansativo: temos de subir as dunas e encerar a prancha antes de cada descida e as descidas nao dao metade do gozo. Mas e diferente e tambem desafiante. Bom para experimentar.
No autocarro para Santiago, atravessamos o Chile e as suas paisagens tao distintas quanto impressionantes. Para tras, ficou um ciclo, uma viagem. A viagem pelo terceiro mundo, pelo caos, pela genuidade, pelos gritos a anunciar destinos, repetidos vezes sem conta nas paragens de autocarro. Das vistas, da selva, dos incas, das folhas e do cha de coca. Da vida barata e dos jantares fora sem olhar para a conta. A aventura, a novidade, o outro mundo. Vidas diferentes. Experiencias unicas. Tremores e replicas. Quantos amanheceres e quantos pores do sol.
No chile, nao so existem sinais de transito, como as pessoas os respeitam. Param nos cruzamentos. Ha hipermercados e centros comerciais. Ha Macdonalds em varias esquinas. Pelo que pude ver, nao e por acaso que o dizem: e o pais mais europeu da america do sul. Os carros sao modernos e tem leitores de mp3. Ha mais carros normais do que taxis. Na fronteira, nao so nos revistam as malas de uma ponta a outra, como nos fazem desinfectar os sapatos. Os precos sobem e a temperatura desce.
Estou neste momento num decimo segundo andar dum predio com seguranca e porteiro em Santiago, no meio de portugueses que ca estudam. Numa casa de sonho. A minha volta, uma vista deslumbrante para os cerros e para os "arranha ceus" santiaguenos. Vou ter a oportunidade de conhecer a vida desta colonia portuguesa no chile. Vem ai noites de fiesta, de copos e de diversao. Vem ai cidades cosmopolitas. Vem ai a carne argetina, o tango, se calhar um jogo do Boca Juniores.
Sabe bem olhar para tras e olhando para a frente e impossivel nao querer aproveitar ao maximo o que ainda nos resta.
No salar de Uyuni fizemos o tour com um alemao de 26 anos que estuda ha seis meses em Bogoto, na Colombia, e com um Israelita de 23 anos, nascido e criado em Telavive. Com ambos passamos bons momentos e com ambos partilhamos inesqueciveis vistas: do "endless" branco do salar, passando pelo encarnado, azul e verde das lagoas e pelo frio invernal da manha nos geysers, ate ao banho quente e reconfortante nas aguas calientes, vimos de tudo um pouco. Partilhamos tambem noites de cartas e certamente irei importar para Portugal o "Yaniv", jogo que o Amit pacientemente nos ensinou.
Mais uma vez nos vemos deparados com vidas diferentes. Amit, o israelita de 23 anos, ri se das mesmas piadas que nos, concorda com as mesmas ideias, e ao passear pelo seu leitor de mp3 constatei que tambem ouve da mesma musica. Apesar das semelhancas, uma realidade inevitavel separa nos: ele passou os ultimos quatro anos no exercito e combateu durante um ano e meio na guerra contra o Libano, onde comandou mais de cem homens. Nao gosta de violencia e muito menos de guerra. Nao teve na sua vida sofrimento maior do que aquele em que a vida lhe levou um dos cem homens. Viaja, para desanuviar a mente, durante seis meses, e tem planos para o futuro: vai estudar gestao e ja chega de armas. Quanto à guerra, foi a vida. De cada vez que se diz "e a vida" a realidade empurra quem o diz para escolhas com pouca escolha. E é assim. É a vida.
Em Sao Pedro de Atacama tive ainda tempo para ajustar contas com o destino. Pude fazer sandboard e vingar me de Huacachina. Foi divertido, mas nao se compara a snowboard. E cansativo: temos de subir as dunas e encerar a prancha antes de cada descida e as descidas nao dao metade do gozo. Mas e diferente e tambem desafiante. Bom para experimentar.
No autocarro para Santiago, atravessamos o Chile e as suas paisagens tao distintas quanto impressionantes. Para tras, ficou um ciclo, uma viagem. A viagem pelo terceiro mundo, pelo caos, pela genuidade, pelos gritos a anunciar destinos, repetidos vezes sem conta nas paragens de autocarro. Das vistas, da selva, dos incas, das folhas e do cha de coca. Da vida barata e dos jantares fora sem olhar para a conta. A aventura, a novidade, o outro mundo. Vidas diferentes. Experiencias unicas. Tremores e replicas. Quantos amanheceres e quantos pores do sol.
No chile, nao so existem sinais de transito, como as pessoas os respeitam. Param nos cruzamentos. Ha hipermercados e centros comerciais. Ha Macdonalds em varias esquinas. Pelo que pude ver, nao e por acaso que o dizem: e o pais mais europeu da america do sul. Os carros sao modernos e tem leitores de mp3. Ha mais carros normais do que taxis. Na fronteira, nao so nos revistam as malas de uma ponta a outra, como nos fazem desinfectar os sapatos. Os precos sobem e a temperatura desce.
Estou neste momento num decimo segundo andar dum predio com seguranca e porteiro em Santiago, no meio de portugueses que ca estudam. Numa casa de sonho. A minha volta, uma vista deslumbrante para os cerros e para os "arranha ceus" santiaguenos. Vou ter a oportunidade de conhecer a vida desta colonia portuguesa no chile. Vem ai noites de fiesta, de copos e de diversao. Vem ai cidades cosmopolitas. Vem ai a carne argetina, o tango, se calhar um jogo do Boca Juniores.
Sabe bem olhar para tras e olhando para a frente e impossivel nao querer aproveitar ao maximo o que ainda nos resta.
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