sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Viver para conta la

Quando as seis da manha subi ao terraço do hostel em Pisco para tomar o pequeno almoco logo me apercebi que as imagens que tinha visto no dia anterior nao eram raras. O urbanismo no Peru, a excepcao do centro das cidades e das vilas e de alguns bairros mais arranjados, faz lembrar uma favela. As ruas de terra em que po se levanta com o passar do vento ou com o pisar das pessoas, os edificios que quase sempre se encontram por acabar, com vigas a sair dos telhados e paredes em tons de tijoleira, a propria electrificacao das ruas e a maneira dessarranjada como os cabos cabos se suspendem no ar e a limpeza descuidada das ruas, com montes de entulho aqui e ali, fazem com que o cenario com que nos deparamos nos faca lembrar um bairro de lata. Acontece que mesmo quando o urbanismo e assim no Peru, nem sempre se tratam de bairros pobres. Muitas das vezes estes bairros com ares de favela tem supermercados, lojas de todos os tipos e uma vida como a que desenrola nos bairros aos quais os nossos olhos estao mais habituados. Isto faz com que deixemo nos de impressionar de cada vez que vemos este tipo de bairros.


Eram sete da manha quando o autocarro da agencia que organiza o tour chegou ao hostel e me levou ate Paracas. Encontrei em Paracas uma simpatica vila de pescadores e uma maresia que me fez lembrar Portugal e foi tambem ai que apanhei o barco que nos levou ate a Isllas Ballestas. Passei o dia com tres catalaes (o Francisco, o David e o Josep Maria), com um esloveno e com o guia, um peruano chamado Silvio que viveu muitos anos na Venezuela. Estava separado da familia ha 4 anos porque com as politicas de Hugo Chavez foi obrigado a deixar a Venezuela. A sua familia mudou se entao para o Canada visto que a mulher de Silvio é Canadiana mas ele ficou uns tempos na Venezuela a tratar de desfazer se de negocios e conseguir recuperar algum dinheiro. Quando finalmente estava pronto para se juntar a famiila no Canada as leis de emigracao foram alteradas o que acabou por sentenciar que vivesse ha 4 anos sozinho no Peru. Almocei com todos eles num restaurante na reserva de Paracas onde comemos um peixe a la plancha, bebemos cervejas e terminamos com um copo de Pisco puro que por alguns segundos me ardeu a garganta. Conversamos muito e deles me viria a despedir as 4 da tarde, altura em que terminou o tour.


Foi fantastico ver leoes maritimos, pinguins, gaivotas e pelicanos no seu habitat natural, em liberdade. Aprendi que o Peru ganha dinheiro a exportar excrementos de pelicanos, ja que estes tem nutrientes que fazem com que sejam optimos para cultivar a terra. Aprendi que os pinguins so tem uma femea durante toda a vida e que se ela morre ficam sozinhos, ao contrario dos leoes maritimos que tem arens de 15 a 20 femeas e que chegam a matar os filhos machos para nao terem de partilhar com eles as suas parceiras. Foi tambem interessante estar pela primeira vez num deserto, com toda a sua imensidao e solidao. (e tu, es um leao ou um pinguim?)


O Silvio era um homem culto, ex professor universitario na Venezuela, que nunca se calou e tinha sempre coisas interessantes a ensinar. Aconselhou me a subir a um Vulcao em Arequipa, brincando que as vezes nesta altura do ano (e a chegada da Primavera no Peru) a terra, a semelhanca das pessoas, as vezes se agita. Mas logo avancou que seria ma sorte se eu apanhasse um temblor.


Mal sabia ele o que viria a acontecer. Pergunto me onde estarao, e se estarao vivos, todos aqueles com quem partilhei o dia em Pisco.


No dia em que a natureza me mostrou daquilo que tem de melhor e pior, nao deixaram de ser surpreendentes as pequenas decisoes e coincidencias que me ajudaram a fintar a morte. Anda no dia anterior, em que a minha pressa em chegar a Pisco fez com que, pela ultima das vezes, visse Paracas, ja que horas depois a terra haveria de tremer e levar consigo aquela maravilha da natureza. No dia 15, depois do tour e de volta ao Hostel, perguntei me se haveria de ficar mais uma noite em Pisco ou ir andando logo nesse dia para Ica. Depois de alguns minutos de hesitacao em frente a recepcionista, decidi apanhar o autocarro para Ica facto que provavelmente me salvou a vida, ja que 80% da cidade de Pisco ficou destruida. Eram 5 da tarde quando apanhei o autocarro da companhia Saki para ica e, cheio de sorte, me afastei de Pisco.


No autocarro para Ica, que tardou cerca de uma hora, uma mulher entrou e comecou a rezar. Rezava pelos muitos passageiros e condutores de autocarros que todos os anos morrem em viagens no Peru e agradecia a Deus a sua vida e a de todos, e cada dia que a vida lhe entregava. Parecia ter um fe enorme. Depois cantou duas cancoes e logo aceitou uns soles dizendo que ganhava assim a vida, a cantar, e que sofria de diabetes. Tambem dela nunca saberei noticias.


Cheguei a Ica eram seis da tarde, 50 minutos antes da terra tremer. Como nao tinha bateria na maquina e queria postar algumas fotografias no blog, apanhei um taxi para Huacachina mas pedi ao taxista que antes me levasse a uma loja de fotografia. A saida do taxi para entrar na loja, o cinto de seguranca encravou e, numa cena que ate foi engracada, tivemos cerca de cinco minutos para conseguir desbloquea lo. Entrei na loja e a lentidao dos processos fez com que me demorasse por uns 20 minutos. Eram 6 e 35 quando sai da loja. Vim a falar com o Willy, o taxista, e ele propos me um tour a umas bodegas de vinho e a uma fabrica de chocolate e sacou de um livrinho que carregava onde se encontravam comentarios de turistas que ja tinham feito o tour. Perguntou me se podia parar numa loja para comprar um chocolate para a sua mulher e os seus filhos e assim fizemos. Com tudo isto, eram 6 e 45 quando saimos do centro de Ica. Nao quero imaginar o que me teria acontecido se por alguma razao nos tivessemos demorado um pouco mais, ja que no centro de Ica as coisas foram bem piores devido ao panico das pessoas e ao maior numero de edificios.

Estavamos a caminho de Huacachina quando um muro desabou a menos de cinco metros do taxi, fazendo com que uma pedra embatesse no carro, e logo uma nuvem de po inundou o carro. Os rapidos reflexos do taxista evitaram males maiores. O meu coracao disparou. Nenhum de nos percebeu o que se estava a passar e, rindo me, perguntei lhe se isto era normal em Ica. Seguimos devagar durante uns metros ainda sem perceber o que estava a acontecer, ate que chegamos a um cruzamento onde a policia e outros carros nos acenaram agitadamente e nos mandaram sair do taxi. Foi ai que a terra comecou a tremer descontroladamente e a dancar aos nossos pes. O balancar do chao, que fazia com que mal me aguentasse em pe, fez me lembrar o baloicar do barco nessa manha em Pisco quando vinham umas ondas maiores. A impotencia que senti perante aquela forca da natureza e indescritivel . A forca do tremor fez me pensar que o chao se ia romper. Ja quase a chorar, agarrei me ao braco do Willy que me acalmou, tambem ele assustado, repetindo varias vezes que aquilo ja ia passar. Os carros a nossa volta baloicavam e um chegou mesmo a capotar enquanto que, ao longe, um poste de electrecidade caia. Foi a primeira vez na minha vida que achei que ia morrer. Quando a terra finalmente parou, nao sabia o que fazer. O Willy disse me que entrasse no taxi, que me ia levar a Huacachina e que la era mais seguro para mim, porque estavam la mais estrangeiros como eu e porque la nao haviam tantos edificios. Lembro me de pensar no que haveria de fazer, se ir com ele se ficar ali ao lado daquele carro da policia. Estavamos perto do Pacifico. Nao sabia se vinha a caminho um Tsunami. Em estado de panico, senti que cada decisao que tomasse a partir dali, me poderia salvar ou matar. Olhando para tras é estranho pensar na importancia de cada pequena coisa que foi acontecendo. Cada detalhe fez que com que estivesse aqui e nao la em cima. Perguntei me se seria possivel vir ai um segundo abalo ainda mais forte e as lagrimas de desespero quase me vieram aos olhos. A tremer, tentei acalmar me e disse ao Willy que ia com ele mas pedi lhe para ir devagar para se a terra recomecasse a tremer tivessemos tempo de sair do carro e procurar um sitio seguro. Huacachina ficava a menos de 2 minutos e pelo caminhos ouvimos pessoas a chorar, casas destruidas, carros capotados. Quase que chocamos contra um poste de electrecidade que estava caido no meio da estrada, mas os rapidos reflexos do Willy salvaram nos mais uma vez. Quando chegamos a Huacachina ja nao havia electricidade. Fomos a um hostel chamado, ironicamete, Casa de la Arena. Como o muro do patio tinha desabado o Willy, tambem ele muito assustado, disse me que ia levar me ao Casa de la Arena 2, porque era mais recente e tinha um patio enorme no meio. Ai me deixou e fez questao de falar com o Charlie e o Vicente, seus dois amigos que la trabalham , para me receberem. Entrei como um refugiado e ficarei eternamente grato aquele peruano por nao me ter deixado no meio da rua ao abandono. So depois de se certificar que me tinham deixado entrar, partiu de novo para saber se a sua familia estava a salvo. No hostel encontrei desesperos ainda maiores que o meu, mas encontrei tambem pessoas que nos animaram tremendamente. Frases como " amanha vai estar tudo bem e vamos fazer sandboard" ou "ja passou, tens uma historia para contar aos netos" vao nos tranquilizando. O pior e quando pensamos no que pode vir a seguir.

Fizemos uma fogueira enorme no meio do patio e juntamo nos em redor dela enquanto alguns tocavam viola e cantavam. Recordo me de olhar a volta e pensar no que fazer se a terra voltasse a tremer. A inquietacao que senti foi gigantesca. O tempo foi passando e fomos esquecendo o que se tinha passado. Mas rapidamente vieram as replicas. Antes de estar num epicentro de um terramoto, as replicas para mim eram insignificantes. Que importava? Ja tinha sido o grande abalo, um tremor pequeno nao ia fazer dano. Quando estas ali, quando sentiste a terra abanar, cada replica e como se fosse um novo tremor de terra. Um novo 7.9. Sempre que houve novas ondas, levanta mo nos em sobressalto e pusemo nos alerta. Logo o coracao disparava e voltava a sensacao de impotencia. Olhei tambem em volta e ao ver as dunas pus me a pensar se seria possivel que desabassem, afogando nos em terra.



Nao dormi toda a noite. A inquietacao e o frio assim o ditaram. Quando a noite se pos e chegaram as 4 da manha o frio tornou se insuportavel. Mesmo com a fogueira e com as mantas que nos deram, era impossivel nao tremer. Fiquei toda a noite a conversa com o Charlie e o Vicente e tambem com a mae e o filho, Tatiana e Diego, que no dia seguinte me haveriam de dar boleia para Lima.

Foi especialmente doloroso ver a dor dos peruanos que nao sabiam se a sua familia estava a salvo e pensar no que a minha familia, namorada e amigos poderiam estar a passar em Portugal se ja soubessem da noticia. Era suposto eu estar em Pisco, o epicentro da desgraca, ja se tinham passado sete horas, tinha o telefone desligado e sem bateria e nao havia maneira de comunicar com ninguem. Imaginei o quanto poderiam estar a sofrer. Ainda sem saber se isso era verdade, queria avisa los que estava a salvo. Felizmente so souberam da noticia no dia seguitne de manha e passados 10 minutos consegui que um Isrealita telefonasse para Portugal. O telefone do Hostel so recebia chamadas e numa das vezes em que tocou corri a atende lo. Era um israelista a querer saber do seu filho, que nao la estava. Pedi lhe para telefonar para o meu pai a avisar que eu estava bem e, conforme vim a saber mais tarde, assim fez. Foi tambem alarmante ouvir as noticias na RPP - radio programas del peru - sobre pilhagens e violencia em Ica. Estavamos num centro turistico a 5kms e Ica e ai se encontrava muita plata. Felizmente ninguem apareceu.

O amanhecer em Huacachina trouxe ainda mais frio e trouxe tambem o dia seguinte, em que sofri tanto com o no dia do terramoto.
Depois de ja ter falado com os meus pais e com a joana e de ja ter sabido que a Matilde, a Mariana e o Pinto estavam bem em Lima, pos se a questao de que passo dar a seguir.
Comecei a pensar nos efeitos colaterais que uma catastrofe desta carrega. Sao pessoas sem casa, sem electricidade, sem comida e sem agua, prontas a agir irracionalmente a qualquer momento. Decidi ir com a Tatiana e com o Diego para Lima. SAbia que a estrada estava em pessimas condicoes e que iriamos apanhar enormes filas de transito. Mas fui. Queria chegar a Lima onde tinha um hostel familiar e os meus amigos a minha espera. Ai tinha tambem a minha mochila e o meu voo para Arequipa onde tudo estava mais tranquilo. Fui com eles visitar uma obra que estavam a construir e tudo estava de pe. Fez me perceber que os edificios que ficaram destruidos cairam porque sao mal construidos.

Estivemos 6 horas para fazer 3 quilometros. Nos quilometros de estrada danificada, vimos fendas de 1 metro de largura e outras com um metro de profundidade. Os carros passavam um a um e viamos pessoas constantemente a ir e a vir dos dois lados da estrada. Vimos tambem imagens de sofrimento de destruicao a toda a hora.AS pessoas vinham carregadas de agua e de alimentos. Basicamente, assustadas com o que podesse vir a seguir, estavam a armazenar o maximo que podiam. Na radio noticias terriveis de pessoas com tres familiares mortos a porta de casa que ainda nao haviam sido recolhidos, de maes a carregar os filhos mortos as costas e tambem de noticias fantasticas, como a de um homem que foi encontrado vivo nos escombros, 12 horas depois. A noticia que mais me assustou foi a fuga de cerca de 600 prisioneiros considerados muito perigosos da prisao de Chinca, que fica mais ou menos 20 kms a norte de Pisco. Sempre que olhava para o relogio e para o deposito de gasolina, tinha medo que chegasse a noite sem que conseguissemos passar a fila. Chegamos a ponderar voltar para Huachina onde ao menos tinhamos uma base. Ali, no meio da fila e com a noite a por se, nunca nos sentimos a salvo. O desespero das pessoas faz com que facam coisas que normalmente nao fariam. Vi carros a passar a altas velocidades em estradas que estavam altamente danificadas e que podiam, a qualquer toque, desabar ainda mais. Tive medo de voltar a Ica e de nao chegar a Lima. Foi tambem duro estar numa ponte semi destruida durante cinco minutos, em que autocarros cheios de toneladas testavam a sua consistencia.

Finalmente passamos esta parte ma. Ja seguiamos caminho a boa velocidade e o pior ja tinha passado. Estavamos, finalmente, a salvo. Cheguei a Lima as 11 da noite, e nao dormia desde as 6 da manha do outro dia. Fiquei 45 horas sem dormir e a comer e beber pouco. Entrei no hostel e ja la estavam os meus amigos. Estava esgotado e electrico ao mesmo tempo. Fui dormir e hoje la acordei descansado e com uma sensacao de conforto. Hoje fui almocar com a familia que me ajudou a chegar a Lima e comemos peixe e marisco locais, e um cheviche, e festejamos o facto de estarmos vivos. PAssamos por aquilo tudo juntos e fomo nos animando uns aos outros, fazendo uma boa equipa.

Penso em todos os pormenores que me salvaram a vida. Todos os se`s. O cinco ter encravado antes do terramoto e nao depois. Ter saido de Pisco. TEr ido com o Willy. Ter me posto a estrada com o Diego e a Tatiana. Agora as coisas estao piores por la. Nao ha comida, nao ha agua, nao ha luz e a tensao aumenta. Um pais destes, depois de um evento deste tipo, esta sempre em estado de sitio: e como um barril de polvora pronto a explodir. Espero que aproveitem as ajudas que certamente terao para construirem melhores e mais seguras habitacoes. Espero que nao sofram tanto por muito tempo. Percebi como e importante a comunicacao nestas alturas. Ha que transmitir serenidade. Precisamos de sentir que esta tudo bem, ou o desespero toma conta de nos. Depois de ter medo da natureza tive medo do homem.

Espero que todos os que nao sei onde estao, estejam. Vivos. Folgo em estar e sigo, como sempre, rumo a Buenos Aires com uma historia para contar aos netos.
Vivi, em primeira mao, a desgraca deste pais e dos peruanos. Pelo povo que sao, genuinamente bons, merecem melhor sorte. Vivi, em primeirao mao, um terramoto e espero nao ter de passar por isso novamente. Vou, como tinha previsto, gozar a noite de Barranco, mas agora tambem para celebrar a minha vida, lembrando em silencio os que nao viveram para conta la.

5 comentários:

dc disse...

Boa Micas! Ainda bem que tudo já passou!
A construção de adobe (provavelmente de má qualidade) para zonas com esse risco sismico dá esses desastres.
Mas na verdade, eu ainda me surpreendo como é que nessas condições geológicas a terra parece tremer tão pouco. Mas se calhar é mesmo por isso que depois quando treme, é porque se acumulou uma tensão imensa que seria menos nociva se tivesse havido a possibilidade de se ir dissipando aos poucos!
Mas felizmente que não ocorreram grandes ondas gigantes...

Beijocas

Ps bem...essas regras desses bares são o máximo e as feiras dos indios seguramente tb!
Ps2-nao percebo por que razao o teu bloguer "não gosta"dos meus comentários! tenho tido dificuldades antes que mos aceite!

Lorena disse...

Miguel Costa mostra o seu lado emotivo e sensível logo na primeira semana de viagem!

!!!Grande Costa!!!

Já tenho o blog como companhia diária e agora só falta que escrevas mais para me entreter.

Abraços e aproveita bem os 20% de hipóteses de sobreviver que te deram, de modo a criar/desenvolver algo valioso para ti e para os outros...

Inês Black disse...

Costinha, graças a Deus está tudo bem contigo! Espero que, apesar desta experiência tão marcante, possas aproveitar esta viagem ainda mais, como tenho a certeza que sabes fazer!
Obrigada por um testemunho tão vivo e que nos fez perceber a cada momento o que sentias...!

Um grande beijinho e boas viagens para todos!

FR disse...

O que é esta basófia de história surreal que só tu a descreves tão bem! Não sei se é suposto transpor um tom humoristico mas conseguiste comover me só de imaginar o teu desespero

Bem de facto a life time experience

O willy é o maior!

beijo aproveita bem e manda um beijo a todos e especialmente a maninha que presumo que esteja agarrada às colunas hehe

El-Gee disse...

ainda n tinha lido isto! isto e 1 relato de topo. fiquei colado ao ecra a ler, da primeira a ultima palavra.

passe o plagio da expressao viver para conta-la, gostei mt da ultima frase, tb.

o willy ficara marcado como um heroi, felizmente nao anonimo, como certamente tantos outros.